Nos dias 11, 12 e 13 de novembro,
foi realizada a 1a Teia Indígena do Brasil, no Centro Yorenka Ãtame.
Na mesma ocasião, o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, Inaugurou o Pontão de
Cultura da Yorenka. Contamos ainda com a presença de grandes líderes de vários
povos indígenas do Brasil e do Peru. Compareceram representantes dos povos
Ashaninka, Yawanawá, Huni Kuin, Jaminawa Arara, Puyanawa, Tukano, Desano,
Tupinanmbá, Pataxó, Kayapó, Guarani Mbyá e mais de 300 moradores do Município
de Marechal Thaumaturgo.
Durante o encontro, aconteceram
muitas apresentações culturais e os povos presentes defenderam a política de
pontos de cultura, além de pedirem melhorias no acesso à internet e ampliação e
construção de novos pontos, visando manter sempre a tradição cultural viva. Ao
final, foi elaborada a Proposta dos Representantes Indígenas da Teia 2015, que
foi encaminhada ao Ministério da Cultura, e consolida o diálogo direto entre os
povos indígenas e o poder público.
O presidente da SP Cine, Alfredo
Manevy, afirmou: "Essa região tem muitas culturas importantes, pro Brasil
e pro mundo inteiro, muitos povos, muitas línguas e muitas riquezas culturais.
É um trabalho muito valioso, feito por várias etnias, em especial os Ashaninka,
aqui no Centro Yorenka Ãtame. O conceito de ponto de cultura é justamente
valorizar uma iniciativa cultural que já existe, que faz um trabalho sério. E
aqui, tudo que é feito se encaixa perfeitamente na ideia de ponto de
cultura."
O povo Ashaninka, que celebrou
com grande festa a inauguração do Pontão de Cultura, abriu as portas do espaço
para sempre traçar metas de melhorias a todos os povos da floresta, índios e
seringueiros, em prol de um melhor desenvolvimento cultural e ambiental.
O Ministro destacou o trabalho de
agregação que vem sendo desenvolvido em parceria com o governo, pelas diversas etnias e pela
população não indígena do Acre: "Aqui, temos um exemplo de que é possível
trabalhar em conjunto, buscando soluções que permitam não apenas a convivência
entre os diferentes, mas que favoreçam a construção de um arranjo no qual todos
podem viver sua experiência cultural de forma livre e harmônica, com
desenvolvimento social e avanços na qualidade de serviços públicos de acordo
com a necessidade de cada um."
(Fotos de Alice Fortes)