12/12/2008

A aldeia do cinema

por Thereza Dantas*

Fotos Divulgação A ONG Vídeo nas Aldeias lança coleção de DVDs com produções cinematográficas de três povos indígenas.

Se a arte é o reflexo das crenças e ideais de um povo, a ONG Vídeo nas Aldeias está nos proporcionando uma oportunidade única de entender a arte de diversos povos indígenas. Para a coordenadora da ONG Vídeo nas Aldeias, Mari Corrêa , uma possibilidade de derrubar mitos como a de uma visão pura da natureza. Para Mari “somos todos de uma cultura mutante”, que tem acesso a TV e outros aparatos tecnológicos, e para conhecer essa diversidade, acabam de lançar uma caixa com 3 DVDs, contendo seis filmes feitos por três povos indígenas: os Kuikuro, os Huni kuri e os Panará. Não são filmes antropológicos do ponto de vista de quem os faz, mas o público acaba reduzido, por preconceito e falta de informação, a estudiosos. Os filmes Cheiro de Pequi, O dia que a Lua menstruou, Novos tempos, Os cantos do Cipó, O amendoim da cutia e Depois do ovo, a guerra, são histórias tradicionais contadas com as novas ferramentas digitais.

A Ong Vídeo nas Aldeias, coordenada por Mari Corrêa e Vincent Carelli, tem como objetivo criar condições para que os realizadores produzam seus filmes de maneira autônoma. A série é fruto dessa longa relação, são 20 anos de atuação completados em 2007, entre a ONG e as populações indígenas envolvidas com o projeto. Além dos Kuikuro, os Huni kuri e os Panará, os Ikpeng, os Ashaninka e os Xavantes também já produziram filmes que serão lançados em 2009. Filmes feitos, prêmios recebidos (já contam mais de uma dezena de prêmios nacionais e internacionais), agora é a hora da “gente branca” assistir a essas obras que contam a nossa história.

Para falar um pouco dos filmes, dos realizadores e suas visões de mundo, a coordenadora Mari Corrêa, da ONG Vídeo nas Aldeias, nos concedeu (à Revista RAIZ) uma entrevista.

Leia a entrevista completa AQUI.

* Thereza Dantas, Revista RAIZ Cultura do Brasil, 11/12/2008

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