As imagens a seguir são as primeiras fotografias dos índios de uma das quatro etnias isoladas que vivem na fronteira do Acre com o Peru. Foram feitas pelo fotógrafo Gleilson Miranda e pertencem aos arquivos da Secretaria de Comunicação do Governo do Acre e ao acervo da Funai. Gleilson participou de um sobrevôo comandado pelo sertanista José Carlos dos Reis Meirelles Júnior, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental da Funai.
A Apiwtxa partilha da opinião de Meirelles e de tantos de que "estas imagens servem para chamar atenção para os desafios que todos temos de garantir que estes povos possam seguir seu caminho, sem ser importunados, até que um dia, por seu único e exclusivo desejo, resolvam nos contatar." É preciso pressionar os governos do Peru e do Brasil para que desenvolvam uma política de conservação para a área, que sofre com a exploração madeireira que põe em risco a sobrevivência desses povos.
Leia também:
Índios de tribo isolada são fotografados pela primeira vez no Acre, por Ana Luisa Bartholomeu, do UOL, 29/05/2008
Índios Invisíveis foram vistos e fotografados no Acre, por Edvaldo Magalhães, 29/05/2008
Um comentário:
Um amigo, ao ver as fotos, lembrou da música do Tom - Borzeguim. Perfeita lembrança.
Transcrevo aqui um trecho, como uma oração:
"... Deixa o tatu-bola no lugar
Deixa a capivara atravessar
Deixa a anta cruzar o ribeirão
Deixa o índio vivo no sertão
Deixa o índio vivo nu
Deixa o índio vivo
Deixa o índio
Deixa, deixa
Escuta o mato crescendo em paz
Escuta o mato crescendo
Escuta o mato
Escuta..."
Mas, não creio. Infelizmente, não creio. E não é uma questão de fé. É uma questão de realidade brasileira. A que exclui, a que pasteuriza, a que despreza as diferenças.
Abraço.
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