30/11/2008

Benki Ashaninka é recebido na Assembléia Nacional da França por Deputados Verdes

por Noël Mamère*

Após o debate realizado no dia 21 de novembro, como parte da 26o Festival Internacional do Meio Ambiente, intitulado: "Floresta: fonte de vida, fonte dos desejos", Messsieurs Francois De Rugy, Noël Mamère, Yves Cochet e Madame Martine Billard, deputados Verdes, tiveram o grande prazer de receber Benki Piyãko Ashaninka, líder indígena da Amazônia, na Assembleia Nacional.

Líder de uma comunidade indígena na Amazônia brasileira, estado do Acre, Benki Ashaninka mobiliza para ajudar os povos indígenas a lutar contra a exploração de suas terras por outros.

Neste contexto, ajuda as comunidades a melhorar os seus processos e técnicas que conduza a uma nova gestão das terras para que as pessoas viva os seus recursos naturais, mantendo um ecossistema rico e único.

Representante da comunidade Ashaninka, que nos últimos 15 anos tem sido reconhecida no Brasil e no exterior por seu modelo de desenvolvimento sustentável, o Sr. Benki Piyãko decidiu fazer da educação a principal arma na proteção ambiental e no conhecimento da floresta.

* Noël Mamère, Deputado Francês, L'Écologie-Les Verts, 24/11/2008
- Leia o original em Francês, AQUI

29/11/2008

Índios Isolados e Dinâmicas Fronteiriças no Estado do Acre: políticas oficiais e agendas futuras para sua proteção


Foto Gleilson Miranda/Secom Governo do Acre e Funai

De 1 a 3 de dezembro de 2008, será realizado em Rio Branco o Seminário “Índios Isolados e Dinâmicas Fronteiriças no Estado do Acre: políticas oficiais e agendas futuras para sua proteção”.

O objetivo do seminário é dar continuidade às discussões sobre as políticas oficiais de proteção dos povos indígenas isolados na fronteira Acre-Ucayali, os projetos de desenvolvimento e das atividades ilícitas nessa região e os impactos que estes têm sobre as terras e povos indígenas que ali vivem. Avançar na construção de acordos e agendas para garantir a proteção dos isolados e a sua boa convivência com os povos indígenas com os quais hoje compartilham territórios.

Contexto

No lado peruano da fronteira internacional, quatro reservas territoriais (Madre de Dios, Murunahua, Mashco-Piro e Isconahua), e o Parque Nacional Alto Purús, constituem territórios de povos isolados. Apesar de seu reconhecimento oficial, essas reservas têm sido invadidas por madeireiros ilegais, gerando restrições territoriais, correrias, contatos forçados, epidemias e conflitos entre isolados e com moradores de comunidades nativas. Concessões de lotes para a prospecção e exploração de petróleo e gás e para a extração de ouro tem sido feitas pelo governo peruano no interior dessas reservas e nos territórios das comunidades nativas de suas cercanias, implicando em graves ameaças aos territórios e à sobrevivência dos isolados.

As atividades em curso do lado peruano da fronteira têm resultado em significativos impactos em terras indígenas e unidades de conservação do lado brasileiro. Invasões feitas por madeireiros têm ocorrido na TI Kampa do rio Amônia e no PNSD. As atividades ilegais no Parque Nacional Alto Purús, no alto rio Envira, forçaram a migração de um grupo de isolados para o lado brasileiro, causaram um reordenamento dos povos nas terras indígenas ali situadas e podem vir a gerar novos conflitos com famílias Kaxinawá e Ashaninka e com outros moradores da floresta. A chegada de novas comunidades ao lado peruano do rio Breu, trazidas pela Forestal Venao SRL, tem representado ameaças aos Kaxinawá e Ashaninka que habitam na terra indígena do lado brasileiro. Traficantes oriundos do lado peruano da fronteira têm usado trechos do PNSD, da Reserva Extrativista do Alto Juruá e das Terras Indígenas Nukini, Poyanawa e Mamoadate como rotas de passagem.

Programação

Com a coordenação da Comissão Pró Índio do Acre/CPI-AC, o apoio de Rainforest Foundation Noruega - RFN e The Nature Conservancy - TNC, e a parceria da Biblioteca da Floresta Marina Silva e da Assessoria Especial dos Povos Indígenas – Governo do Estado Acre, o Seminário acontecerá no Centro de Formação dos Povos da Floresta, localizado na Estrada Transacreana km 8, em Rio Branco - Acre, entre os dias 1 a 3 de dezembro de 2008.

Veja a programação completa do Seminário, aqui: “Índios Isolados e Dinâmicas Fronteiriças no Estado do Acre: políticas oficiais e agendas futuras para sua proteção”.

Saiba mais

- Índios isolados são fotografados pela primeira vez
- Os Ashaninka tornam pública sua posição quanto à prospecção
- Etnia ashaninka denuncia ação da Petrobras em terras de índios isolados
- Pressionados por madeireiras, índios peruanos fogem para o Brasil
- Mapas da sobreposição da exploração de petróleo em terras indígenas e territórios de proteção de índios isolados

28/11/2008

"Apesar dos nossos esforços, continua desmatamento na Amazônia"

por Cédric Gouverneur*



Benki, líder indígena Ashaninka no Brasil, (na foto entre Danielle Mitterrand, presidente da Fundação France Libertés e Jean-Vincent Place, presidente da Natureparif), em Paris, por ocasião do 26o Festival Internacional de Cinema de Meio Ambiente (Fife).

VSD reuniu-se com o pioneiro da proteção da Amazônia, que denuncia: há no seu território uma empresa certificada com padrão FSC que corta a sua floresta. E a indústria do petróleo ameaça seus rios.

VSD: Você esteve na Conferência do Rio em 1992, que já alertou sobre os perigos do desmatamento. Como você acredita que mudou a situação?
Benki Ashaninka: Há melhorias. Os estados brasileiros têm criado áreas protegidas, como é a minha terra no Estado do Acre (Observação: na fronteira com o Peru). Os nativos, os Estados e os departamentos interagem. É uma alternativa real. Mas existem também aspectos negativos: apesar dos nossos esforços, o desmatamento continua. O governo não é onipotente para enfrentar a ganância de alguns.

VSD: Na fronteira entre o Brasil e o Peru, sua comunidade, Ashaninka, está se mobilizando contra a exploração ilegal de madeira.
BA: Uma empresa peruana, a Forestao Venao, tem feito cortes de madeira em nosso território. E esta empresa é certificada como realizando "desenvolvimento sustentável" pela FSC (Forest Stewardship Council, U. S. ONG)! Nós sabemos que o Governo brasileiro está atento a este escândalo, mas nada é feito no Peru.

VSD: Conte-nos "agentes agroflorestais" entre vocês...
BA: Os nossos 116 agentes são Povos da Amazônia e aprendem como gerir os seus recursos, com alternativas para o desflorestamento: a criação de sistemas agroflorestais (Nota do editor: árvores de frutos plantadas na floresta para obter receitas) e o artesanato. Nós criamos uma escola e trabalhamos com a formação para educar a população, índios e brancos, a respeitar a floresta, para demonstrar que é possível um outro desenvolvimento, um desenvolvimento que respeite as nossas raízes. Acompanhamos de perto o território para observar os movimentos dos madeireiros ilegais. E nós reflorestamos áreas desmatadas: 12 tribos têm 566 000 árvores plantadas em 516 hectares. Isso pode servir como um exemplo para outros Estados brasileiros.

VSD: A água é outra das suas preocupações...
BA: Do outro lado da fronteira, no lado peruano, três concessões de petróleo vão afetar nosso território. Onde é que está o petróleo é a fonte dos nossos rios! O desmatamento teve grande participação na diminuição dos nossos rios, e os peixes estão ameaçados... O presidente peruano Alan Garcia não atende nossas reivindicações. Se sem a floresta, nós somos nada, sem a água, não podemos.

¤ Benki Ashaninka foi convidado para um debate sobre a floresta, sexta-feira, 21 de novembro, em Paris com a associação Natureparif.
¤ Segundo o Greenpeace, 23 000 km2 de floresta são cortados por ano no Brasil. O equivalente a metade da Suíça. Ou 6 campos de futebol por minuto.
¤ Por denunciar a incapacidade do presidente Lula para se opor aos plantadores de soja e de cana-de-açúcar (usada para o agro-combustível), a ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi demitida em maio.

*Cédric Gouverneur, VSD.Fr, 21/11/2008

Saiba mais sobre o 26o Festival Internacional de Cinema de Meio Ambiente (Fife), AQUI

27/11/2008

MPF/AC recomenda instalação de posto da PRF para fiscalizar saída de madeira de lei do Acre


Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal em Acrelândia contribuiria para o cumprimento de Lei que veda a saída de toras de madeira de lei do Estado.

por Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Estado do Acre*

O Ministério Público Federal no Acre (MPF/AC) recomendou à Superintendência de Polícia Rodoviária Federal (PRF) a instalação de um Posto de Fiscalização na rodovia federal BR-364, no município de Acrelândia, entre o Acre e Rondônia, com a finalidade de verificar o cumprimento da Lei Estadual de nº. 689, de 29 de novembro de 1979, no que compete à fiscalização de saída de toras de madeira acreana. O artigo 1º da referida Lei veda a saída, do estado do Acre, sob qualquer forma de transporte, de toras de madeira de lei, ou seja, de toda madeira maciça que, por sua qualidade e resistência, é empregada na construção civil e naval.

A recomendação, assinada pelo Procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, considera que a divisa entre o Acre e Rondônia encontra-se desprovida de fiscalização, sendo uma área por onde são escoadas as toras de madeira acreana para serem comercializadas nos outros estados brasileiros.

Ressalta-se, também, que tem sido prática comum a extração de madeira da Terra Indígena Ashaninka do Rio Amônia e do Parque Nacional da Serra do Divisor, na divisa com o Peru.

Em todo o Acre existe apenas um posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, localizado na BR-317, próximo a Rio Branco, pelo qual são realizadas fiscalizações somente em veículos que transportam toras de madeira de lei com destino a madeireiras em funcionamento dentro do próprio Estado.

De acordo com a Lei nº. 9.605/98 (parágrafo único do artigo 46) quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente, sofre pena de detenção, de seis meses a um ano, e multa.

O prazo para manifestação é de dez dias.

* Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Estado do Acre, 26/11/2008, AQUI

23/11/2008

O apelo identitário de Benki Piyãko

por Novopress.info France*

PARIS (NOVOpress) - Benke Piyanko deixará Paris na próxima terça-feira para se juntar à sua família na sua terra natal, na Amazônia. O indígena Ashaninka estava em Paris esta semana. Este descendente dos incas veio ao 26 º Festival Internacional de Cinema de Meio Ambiente para representar a luta do seu povo contra o desmatamento que tem devastado a Amazônia.

"Visceralmente ligados à sua terra e pela vida", como sublinhou Le Parisien, 21 de novembro, Benki Piyanko surpreendeu e divertiu com um depoimento sobre o estilo de vida ocidental. "Quando chegamos em Paris é um verdadeiro choque." A beleza dos monumentos? A grandeza da cidade? As lojas? Não, esta identidade primeiramente nos atinge pelo "barulho infernal", "ar obsoleto" na capital e "bancos concretos" do Sena. Ele sonhou em nadar ...

Um olhar claro sobre o sentido da vida: "O fato de ver como as pessoas vivem na cidade apenas me fortalece na minha luta por respeito para as populações da floresta e suas tradições. Espero que a minha aldeia não seja atingida por um tal grau de urbanização, e eu quero mostrar que existem alternativas possíveis. Conhecer o seu mundo, é importante para salvar o nosso." Um recurso contra a globalização. A cosmopolita Danielle Mitterrand se reuniu com os índios Ashaninka.

* Novopress.info, 23/11/2008
- Leia o original em Francês, aqui.

20/11/2008

26o Festival de Cinema de Meio Ambiente


Reunião com Benki Ashaninka, Representante da Comunidade Ashaninka do Acre*

Organizado por France Liberté, ICRA e NatureParif, esta reunião acontecerá a bordo da barca Anako em Paris na segunda-feira, 24 de novembro às 15h. O filme "A gente luta mas come fruta" será transmitido antes da reunião.

Localizada em uma das mais ricas regiões na Amazônia brasileira, a poucos quilômetros da fronteira com o Peru, a comunidade Ashaninka do Rio Amônia preserva e renova as suas tradições, mantendo uma respeitosa e sustentável relação com a floresta. Para este povo do Estado do Acre - de onde também são Chico Mendes e Marina Silva, um pequeno Estado em tamanho mas grande em sua importância política para o Brasil - o importante é viver na floresta em pé, com uma abertura para outros povos e tecnologia moderna.

Convidado como parte do 26o Festival de Cinema de Meio Ambiente da região da Íle-de-France, Benki Ashaninka falará da situação da sua comunidade e da gestão do seu ambiente, numa altura em que os desafios do desenvolvimento sustentável da Amazônia estão no centro das nossas preocupações.

Segunda-feira, 24 novembro 2008, às 15 horas
Localização: barcaça ANAKO
Bassin de la Villette, 61 quai de Seine - 75019 Paris
M° Stalingrado ou Riquet

Na presença de
Danielle Mitterrand, presidente da France-Libertés

A reunião terá lugar em 2 fases:
15h: Broadcast Film "A gente luta mas come fruta" (40 min)
16h: Encontro com Benki Ashaninka

* Leia o original, em Francês, AQUI
** Veja convite oficial, aqui: ICRA International-Actualités.
*** Veja aqui a programação: 26o Festival de Cinema de Meio Ambiente

15/11/2008

Yorenka Ãtame Ashaninkas

Veja aqui o filme Yorenka Ãtame Ashaninkas, realizado pela Rede Povos da Floresta, com roteiro e direção de Stefania Fernandes e imagens de Bebito Ashaninka.

14/11/2008

Site Povos Indígenas no Brasil

por Leila Soraya Menezes*



Acaba de ser relançado o site Povos Indígenas no Brasil, no ar desde 1997 no portal do ISA-Instituto Socioambiental, com informações qualificadas, acumuladas e sistematizadas ao longo de 30 anos graças ao trabalho da equipe do ISA e de inúmeros pesquisadores e colaboradores externos dedicados às questões étnicas, territoriais, direitos, organizações, exploração de recursos e outros assuntos relacionados.

170 povos indígenas são apresentados no site, tratando dos costumes, rituais, organização social, línguas e outros aspectos culturais, políticos e econômicos.

Com foco central nos verbetes sobre os povos indígenas, o site foi estruturado para otimizar a navegação, fazendo com que os usuários encontrem com facilidade os diferentes conteúdos disponíveis. Cada verbete traz notícias atualizadas sobre os povos e as terras indígenas, e imagens atuais e históricas, totalizando mais de 1500 fotos de diferentes fotógrafos em todas as páginas.

Os verbetes sobre os povos indígenas são apresentados na página principal do site. A variação de tamanho do nome das etnias se dá em função do número de acessos (quanto mais acessado um povo for maior será seu tamanho na página inicial). Além disso, o usuário poderá enxergar, por meio de diferentes cores e pelo mecanismo de passar o mouse em cima dos nomes de cada povo, as famílias lingüísticas às quais pertencem.

Por exemplo: ao passar o mouse no verbete Ashaninka, os nomes que aparecerem em verde agrupam povos que falam línguas Aruak.

Verbete Ashaninka

O verbete Ashaninka, organizado pelo antropólogo José Pimenta, traz as seguintes informações:
- Localização e população
- Nome e língua
- História no Peru
- História no Brasil
- Cosmologia e xamanismo
- Cultura material
- Rituais
- Organização social
- Política interétnica e desenvolvimento sustentável
- Invasão madeireira

É possível também ver imagens históricas do povo Ashaninka, como a retratada por Beto Ricardo em 1989, a imagem de Milton Nascimento com Benki Piyãko Ashaninka, ainda menino, por ocasião da visita do cantor à aldeia Apiwtxa.

Foto Beto Ricardo, 1989














Blog da Apiwtxa é destacado

O site Povos Indígenas no Brasil também dá destaque à Autoria Indígena, informa que "simultaneamente ao processo de auto-organização política dos povos indígenas no Brasil, diversas outras ações foram por eles desencadeadas, assumindo cada vez mais novos espaços, além daqueles tradicionais".

Entre estas ações, destacam o fenômeno da inclusão digital: "Dentre as diversas estratégias desencadeadas pelos povos indígenas com o objetivo de assumir o papel de protagonistas de suas histórias, o aprendizado e a incorporação das ferramentas da informática e da Internet como meios de divulgação de suas culturas e de seus direitos têm ganho maior destaque a cada dia."

O Blog da Apiwtxa, realizado pela Associação Ashaninka do Rio Amônia, é indicado pelo Site Povos Indígenas no Brasil, entre os "sites produzidos e geridos por organizações indígenas que representam boa parte dos povos indígenas situados em território nacional, nos quais podem ser encontradas inúmeras informações elaboradas por eles mesmos".

Para saber mais sobre o Site Povos Indígenas no Brasil acesse: pib.socioambiental.org

*Leila Soraya Menezes, da equipe do Blog da Apiwtxa, com informações do ISA-Instituto Socioambiental e do Site Povos Indígenas no Brasil.

04/11/2008

Assista ao filme Shomõtsi no DOC Aldeia

por Leila Soraya Menezes*















Cena do documentário Shomõtsi, de Bebito Ashaninka

O DOC Aldeia é um programa de apresentação da produção independente de vídeos documentários de curta ou longa metragem produzidos no Acre e em toda a região Norte. A estréia acontece nesta quarta-feira, 05/11, pela TV Aldeia.

O evento reunirá produções de vários Estados brasileiros. Já são ao todo 22 autorizações, o que garante a exibição do DOC Aldeia nos próximos quatro meses.

Entre os filmes a serem exibidos estão: Aos trancos e barrancos (Ney Ricardo da Silva), Amor e Arte (Ítalo Rocha), Cacau da Amazônia (Sérgio de Carvalho), Os guerreiros do pedal (Gilberto Trottamondos) e Shomõtsi (Bebito Ashaninka).

O DOC Aldeia será exibido às quartas-feiras, às 20h30, com reprises às quintas, após o Jornal do Meio-Dia e domingos às 23h00.

Bebito Ashaninka

Mais conhecido por Bebito Ashaninka, o diretor do filme "Shomõtsi", Valdete Pinhanta, é professor na aldeia Apiwtxa do povo Ashaninka do rio Amônia, afluente do rio Juruá, no município de Marechal Thaumaturgo, no Acre.

Além de professor e realizador de vídeo, Valdete é um talentoso desenhista. Já participou de três oficinas de vídeo, duas na sua aldeia e uma na aldeia Yawanawá. Seu segundo vídeo sobre o cotidiano do seu tio "Shomõtsi", fez sucesso pela sua sensibilidade e seu senso poético.

Valdete também dirigiu, com seu irmão Isaac Pinhanta, o premiado A gente luta mas come fruta, 1º Lugar no Prêmio Panamazônia ActionAid 2007.

Shomõtsi

Filme realizado em 2001, de 42 minutos, com direção e fotografia de Valdete Pinhanta Ashaninka, e edição de Mari Corrêa.

Crônica do cotidiano de Shomõtsi, um Ashaninka da fronteira do Brasil com o Peru. Professor e um dos videastas da aldeia, Valdete retrata o seu tio, turrão e divertido.

Prêmios

- Prêmio UNESCO, 8ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico, Rio de Janeiro, Brasil, 2001.
- Grande prêmio "Rigoberta Menchú Tum", na categoria Comunidade no Festival Presença Autóctone, Montréal, Canadá , 2002.
- Menção Honrosa do Júri oficial do Cinesul 2002, Rio de Janeiro.
- Prêmio "Rigoberta Menchú", II Anaconda 2002, Bolivia.
- Prêmio Especial do Público Indígena, II ANACONDA 2002, Bolivia.
- Melhor documentário da Mostra Competitiva Nacional do Forumdoc.bh.2002

Saiba mais aqui:
- DOC Aldeia estréia nesta quarta-feira
- Documentary Films, Shomõtsi
- Vídeo nas Aldeias

* Leila Soraya Menezes, da equipe do Blog da Apiwtxa, com informações da Agência de Notícias do Acre, Vídeo nas Aldeias e Documentary Educational Resources