18/01/2010

Mudanças Climáticas, Florestas Tropicais e Povos Indígenas

RCA promove encontro sobre mudanças climáticas e povos indígenas

De 23 a 25 de novembro de 2009, a RCA-Brasil promoveu, em Brasília, um Encontro Temático intitulado “Mudanças climáticas, florestas tropicais e povos indígenas”. O tema deste foi encontro foi decidido na Assembléia Anual da RCA, quando todas as organizações integrantes avaliaram que o tema tinha interesse, não só porque passava a ocupar cada vez mais o noticiário nacional e internacional, mas também porque percebiam que, de diferentes formas, esse tema dizia respeito a todos. A ele se vinculavam outras questões como o desmatamento da floresta, a manutenção da biodiversidade e a garantia dos modos de vida dos povos indígenas.

Leia aqui!

10 organizações indígenas e indigenistas visitam o povo Ashaninka


No último dia 24 de outubro, encerrou-se no Acre, o intercâmbio coletivo da RCA-Brasil de 2009, com o tema “Formação para a Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas”. Organizado pela Comissão Pró-Índio do Acre, o intercâmbio contou com a presença de mais de 40 participantes, representantes das 10 organizações indígenas e indigenistas que integram a RCA-Brasil.

O intercâmbio teve início no dia 14 de outubro com a chegada e recepção dos participantes ao Centro de Formação dos Povos da Floresta, da CPI-AC, em Rio Branco-AC, quando puderam conhecer a experiência de formação dos agentes agroflorestais indígenas do Acre, iniciada em 1996 e que já formou mais de uma centena de agentes indígenas que atuam em mais de 20 terras indígenas do Acre. De Rio Branco, o grupo partiu para Marechal Thaumaturgo, para conhecer a experiência do Centro de Formação Yorenka Ãtame e a aldeia Apiwtxa, do povo Ashaninka.

Lá, o grupo tomou contato com a história da Terra Indígena Apiwtxa, criada em 1995. Tratava-se de uma área que se resumia a um conjunto de pastagens degradadas que tiveram de ser recuperadas pelos próprios Ashaninka para que a população voltasse a viver em um ambiente de abundância florestal. O sistema agrícola, além da roça, foi enriquecido por quintais com sistemas agroflorestais de espécies de uso comum como algodão, urucum, paxiúba, mulateiro e espécies frutíferas. Incluem-se aí a criação de quelônios, peixes e mel de abelhas nativas. A merenda escolar dos Ashaninka, hoje, vem diretamente das áreas de sistemas agroflorestais (SAFs) e das roças da aldeia. No Centro Yorenka Ãtame o grupo pode conhecer o trabalho de apoio à produção de SAFs, recuperação de áreas, produção de mudas nativas - que atende índios e não indíos da região incluindo jovens da Reserva Extrativista do Alto Juruá e os Kashinawá entre outros, todos moradores do Rio Amônia e do município de Marechal Thaumaturgo.

Saiba mais aqui!


13/01/2010

Glenn Switkes (1951-2009)


"A International Rivers está de luto pelo falecimento do diretor de seu programa para a Amazônia Glenn Switkes, um amigo querido, colega respeitado, e batalhador de inesgotável paixão pelos rios."

Glenn dedicou a maior parte dos últimos vinte anos de sua vida à causa da proteção dos rios da América do Sul, em especial os da Amazônia, contra a construção de barragens e canais de navegação.

Glenn realizou o premiado documentário "Amazônia: Vozes da Floresta" e foi um dos fundadores da Coalizão Rios Vivos, para salvar o sistema fluvial Paraguai-Paraná, e sobretudo o Pantanal, a maior área alagadiça tropical do mundo.

Nos últimos anos, a atenção de Glenn estava voltada para dois dos principais rios da Amazônia, o Madeira e o Xingu. Glenn coordenou a produção de dois livros que denunciam os altos custos sociais e ambientais decorrentes das barragens no Madeira e no Xingu, e os argumentos distorcidos usados para justificar sua construção.

Saiba mais aqui.

Conheça o blog de Glenn Switkes, com o qual mantinha a todos informados sobre os rios da Amazônia.

Para informação sobre hidrelétricas e energia no Brasil, consulte a International Rivers em português.

04/01/2010

Komãyare Ashaninka fala sobre o artesanato Ashaninka



Por Fibras e mais fibras, 02/01/2010

O artesanato do povo Ashaninka é um dos mais conhecidos no Acre, pela qualidade e variedade.

O pesquisador Komãyari Ashaninka dá diversas informações sobre as peculiaridades da arte de seu povo.

Ele conta - em material preparado pelo coordenador Amilton - que as esteiras são feitas de talas e olho de palmeiras como o buriti, patoá, cocão, ouricuri e Jaci.

Geralmente quem faz as esteiras são as mulheres; na tradição cultural os homens não podem fazer.

Já as tipoias ou tangas são de algodão e tecido em linha e feitas manualmente pelas mulheres ashaninka. Os homens não fazem nem usam. Só as mulheres usam como enfeite e também para carregar o bebê. As bolsas são feitas de algodão, manualmente.

A mulher é quem faz, o homem só ajuda a fazer os enfeites. A bolsa só é usada pelos homens. A mulher Ashaninka faz bolsa para seu pai, seu marido ou seu filho.

Quando a moça é solteira também pode fazer bolsa para vender. A flauta é feita de taboquinha, que tem resistência e toca por muito tempo, segundo Komãyari.

Uma das peças mais valorizadas da cultura Ashaninka é o txooshiki, um colar grande feito de sementes da mata que é usado no corpo, cruzado.

É um adorno masculino, feito pelos homens. As mulheres podem ajudar o marido, mas não podem usar.

Saiba mais aqui!