por Kaxiana*
Benki Piyãko é uma liderança do povo Ashaninka
Um povo guardião da floresta que luta pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia e contra a invasão constante de madeireiras peruanas para não destruir os ecossistemas florestais de uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Assim são os índios Ashaninka, que vivem na Terra Indígena Kampa, situada ao longo do rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo, no extremo oeste do Acre, fazendo fronteiras com o Peru, o Parque Nacional da Serra do Divisor, a Reserva Extrativista do Juruá e um assentamento do Acre.
De passagem recente por Brasília, o índio Benki Piyãko, uma das lideranças Ashaninka advertiu mais uma vez às autoridades brasileiras que seu povo já não suporta mais conviver com as constantes invasões de madereiros e traficantes peruanos, que destroem a rica biodiversidade da região e roubam madeiras valiosas que depois são exportadas pela cidade peruana de Pucalpa para o mercado internacional. Piyâko prometeu mais uma vez que, diante da ausência do estado brasileiro naquela fronteira totalmente desguarnecida, os índios vão resolver eles mesmos a questão da invasão. Ou seja, o conflito armado entre os índios e os invasores continua iminente.
A Kaxiana publica, abaixo, um artigo do próprio Benki Piyãko falando da luta de seu povo para preservar a integridade e a biodiversidade da floresta e do recém criado Centro de Formação Yorenka Ãtame – Saber da Floresta. Situado numa área de 86 hectares em frente à cidade de Marechal Thaumaturgo, o centro Yorenka se destina à formação, educação, intercâmbio e difusão de práticas de manejo sustentável dos recursos naturais da região do Alto Juruá. Leia, a seguir, o artigo de Benki, publicado originalmente no blog do Ashaninka, editado pela Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa).
Benki e a pajé Putani (Yawanawá) com assessores do senador Tião Viana (PT-AC)
* Kaxiana, Agência de Notícias da Amazônia, 12/10/2007
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