Demarcação da terra indígena Arara do Rio Amônia revolta brancos assentados pelo Incra
Página 20, 25/09/2009
Os moradores do Projeto de Assentamento (PA) Amônia, localizado na margem esquerda do Rio Arara, distante três horas da sede do município de Marechal Thaumaturgo, rebelaram-se contra a publicação de uma Portaria do Ministério da Justiça, que deu posse permanente aos índios Arara do Rio Amônia de uma área de 20.764 hectares, onde está implantado o projeto.
Na tarde de segunda-feira os moradores se reuniram na Câmara Municipal para debater o problema e fizerem refém seis vereadores que participavam da reunião - Antonio, Alemão, Marcos, Antonieta, Ester e Orleildo -, além dos secretários de Agricultura, Clemerson Souza, e do Meio Ambiente, Isaac Pianko. Mais de 200 pessoas ocuparam o plenário e exigiram a presença de autoridades dos governos estadual e federal para debater o problema.
“Não vamos sair das nossas terras, lá está toda nossa vida. Não queremos indenização e só vamos sair de lá se formos mortos”, disse o líder do movimento, José Carlos, que alerta as autoridades para provocações feitas pelos índios depois que tomaram conhecimento da portaria do Ministério da Justiça, afirmando que na área existem 150 famílias assentadas pelo Incra, que sobrevivem da agricultura”, disse.
O prefeito Randson Almeida estava em Rio Branco tratando de assuntos de interesse do município e retornou imediatamente, assim que foi comunicado da situação.
* Entenda melhor o caso:A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS ENTRE ÍNDIOS E NÃO ÍNDIOS NO RIO AMÔNIA EXIGE URGENTE AÇÃO INOVADORA DO ESTADO
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