por Francisco Pianko*
Desde que assumi a Secretaria dos Povos Indígenas do Acre em fevereiro de 2003, no segundo mandato do governador Jorge Viana, e depois a Assessoria Especial dos Povos indígenas, na atual administração do governador Binho Marques, sempre tive a oposição de algumas pessoas ou grupos contrários às políticas publicas que colocamos em prática com o objetivo de acabar com o assistencialismo e a dependência reinantes no passado.
Um dos aspectos importantes da nossa política foi a descentralização das ações e das decisões, que deixaram de passar pelo crivo das entidades intermediárias e passaram a acontecer diretamente com as comunidades. As entidades eram e continuam sendo respeitadas, mas enquanto organismos representativos com missões definidas, de acordo com as deliberações das comunidades.
Nesse processo, as comunidades passaram a gerir seus próprios projetos, abrindo espaço para o surgimento de novas lideranças em praticamente todas as aldeias indígenas do Acre.
Isso desagradou fortemente algumas pessoas que se diziam lideranças indígenas, a maioria delas há muitos anos distante das aldeias, que queriam manter o controle da política e dos projetos destinados às comunidades.
Não encontrando o mesmo espaço de antes, essas falsas lideranças, que acabaram com a credibilidade e levaram importantes entidades à falência, como a UNI e outras, começaram a me atacar e me acusar de estar fazendo uma política de enfraquecimento do movimento.
Essas acusações de ordem política não encontraram ressonância nas comunidades, que estão cada vez mais organizadas, lutando pelo fortalecimento das suas identidades e dispostas a conduzir seus próprios destinos.
Agora, num ato criminoso de total irresponsabilidade, essas pessoas, tendo a frente a advogada Joana Dárc e a Sra. Letícia Luiza Yauanauá, que se opõe desde o início à minha presença na Assessoria Especial dos Povos Indígenas, chegaram ao extremo de levantar falsas denúncias de ordem pessoal contra mim, com o objetivo de me indispor com as comunidades indígenas e também com a sociedade acreana da qual também faço parte.
Fui espontaneamente ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para dizer que essas denúncias não têm qualquer fundo de verdade e que sou o primeiro a exigir a máxima rapidez na apuração, para que eu possa processar cada uma das pessoas que estão me caluniando e injuriando perante a sociedade.
Lamento ainda mais que uma denúncia vazia, que nem sequer foi investigada pelas autoridades, seja tornada pública em forma de julgamento prévio, causando prejuízo irreparável à minha imagem e tamanho transtorno frente à minha família, ao meu povo e à sociedade.
Sou inocente dessas acusações absurdas e a prova disso é que sempre viajo para as aldeias acompanhado por uma equipe de trabalho, que pode falar sobre a agenda que cumprimos nos nossos deslocamentos.
Espero confiante na justiça!
* Francisco Pianko, é Assessor Especial para Assuntos Indígenas do Governo do Acre. A nota de esclarecimento é uma resposta às acusações, publicadas no site AC 24 Horas, segundo as quais Pianko teria cometido abuso sexual (leia) em aldeias indígenas. Nota de esclarecimento publicada no Blog do Altino, 18/03/2009. Leia AQUI
Um comentário:
Caro companheiro Francico Piyanko
Sou testemunha da seriedade de seu trabalho a frente da secretaria e da assessoria especial, e estou certo que prevalecerá a justiça nesse caso. Parabéns pelo seu empenho pela autonomia das comunidades indígenas do Acre, essa luta não pode parar. Estamos contigo.
Francisco de Assis
DEA/Ministério do Meio Ambiente
Brasília- DF
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