Amigos,
mais uma notícia das mais graves na fronteira Brasil-Peru.
Recebemos a informação de que índios peruanos estariam atacando moradores da Reserva Extrativista do Rio Juruá que acompanharam, como guias da expedição, a última operação de fiscalização na nossa fronteira.
Essa é mais uma notícia para o blog porque, mesmo que ainda tenhamos pouquíssima informação à respeito, a gravidade da notícia justifica ficarmos todos em estado de alerta, e alertarmos, por meio de divulgação, todos que estão conosco acompanhando os acontecimentos da fronteira, e temos que divulgar, especialmente, para as organizações indígenas do Peru.
Também queremos agradecer a todos que já repercutiram, inclusive contando com o auxílio de outras fontes, as informações que trazemos agora.
Marechal Thaumaturgo, 15 de agosto de 2007.
Sr Francisco Pinhanta
Assessor de Assuntos Indígenas do Estado do Acre,
1. Através da Associação Apiwtxa venho informar que hoje, aqui em minha casa, esteve o senhor Isaac Machado de Azevedo, Tenente do 61 Bis, que me informou que, no dia 11 de agosto de 2007, o senhor Manoel Gomes Viana, morador da comunidade da Pedra Pintada, informou que alguns índios peruanos estavam querendo lhe matar, pois eles souberam que o senlhor Manoel participou como guia da operação do IBAMA com o EXÉRCITO, que havia denunciado a retirada ilegal de madeira na fronteira Brasil-Peru.
2. Entre outros, o senhor Manoel informou-nos que ficou sabendo da ameaça de morte através do seu genro Matiturã, abordado por oito índios peruanos armados de espingardas e flexas, onde um elemento de prenome Ernesto, filho do Davi, abordou por trás o seu genro e disse-lhe que estava à procura do senhor Manoel para lhe matar e disse ainda que só iria embora depois que matasse o referido.
3. Informo-vos, ainda, que esses índios supracitados são moradores da comunidade Santa Rosa, Peru, localizada abaixo do Tipisca, também Peru.
4. Através deste ofício queremos com urgência uma reunião na fronteira Brasil-Peru para que um conflito não venha acontecer na forma como está sendo explicitada pelo senhor Isaac Machado Azevedo.
Como líder da comunidade Apiwtxa, vejo que isso é um jogo sujo da empresa Forestal Venao, por estar manipulando nossos parentes indígenas para entrar em conflito com o nosso país brasileiro, ameaçando pessoas e comunidades, defendendo sua empresa.
Esperamos uma ação imediata do Itamaraty, trazendo a responsabilidade dos dois países para eliminar este tipo de invasão que vem trazendo uma ação de destruição conflituosa entre os dois países.
Benki Piyãko
Vice-Presidente da Associação Apiwtxa
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