por Vinícius Carvalho, Revista Estado Ecológico, 24/11/2010
Aldeia Apiwtxa, braço da etnia Ashaninka, promove articulação inédita entre saberes ancestrais e científicos no Alto Juruá, zona de fronteira entre o Acre e o Peru
Com uma população de mais de 86 mil indivíduos, os Ashaninka formam um dos principais povos indígenas da Bacia Amazônica. Seu território estende-se dos Andes centrais peruanos à Bacia do Alto Juruá, no Acre, onde o arco de fronteira separa a etnia em dois países. Do lado brasileiro, vivem 1.300 pessoas. Quase metade habita a Terra Indígena (TI) Kampa do Rio Amônia, prestes a abrigar o primeiro Centro de Cultura da Floresta do Brasil.
A parceria, firmada com o Ministério da Cultura (MinC) e a Associação de Cultura e Meio Ambiente (ACMA), beneficiará mais de seis mil habitantes, de 16 povoados da etnia Ashaninka na região - parte no Brasil, parte no Peru - e outras nove mil que vivem na reserva extrativista da Bacia do Alto Juruá. Em vez da usual tutela governamental, que coloca técnicos e demais gestores no comando dos projetos dirigidos aos povos indígenas, dessa vez os próprios Ashaninka ficarão responsáveis pela administração do centro.
A meta é construir um espaço multiuso, com auditório, estúdio de gravação musical e sonorização, camarim e teatro de arena. Orçada em R$ 4,7 milhões, a infraestrutura será implantada ao longo de três anos. A escolha pela etnia não foi à toa. Referência internacional na integração entre saberes ancestrais e científicos, os Ashaninka vão instalar os equipamentos no Centro Yorenka Ãtame, inaugurado há três anos pela família Ashaninka Pyanko para promover a união de índios e brancos em favor da floresta em pé.
Na área de 86 hectares completamente devastados pelo gado, adquirida com o apoio de ONGs, na sede do município de Marechal Taumaturgo, os índios plantaram mais de 80 mil mudas, de 146 espécies de árvores, entre frutíferas e madeiras de leis. O suficiente para assegurar, por ano, mais de 50 toneladas de alimento.
"Vimos que precisávamos exportar esse recado para fora, para extrativistas e ribeirinhos também compreenderem que, no nosso entorno, é possível viver com a floresta em pé", lembra o xamã e líder Ashaninka Benki Pianko. Vencedor do Prêmio Nacional de Direitos Humanos, ele carrega a marca de dois mundos. Da união entre o pai, Ashaninka, e a, mãe seringueira, diz ter aprendido a cultivar a inovação com respeito às tradições de seu povo.
ESPÉCIES PERDIDAS
Além de trazer de volta à aldeia espécies perdidas de amendoim, milho e batata, ele e os irmãos também recuperaram pelo manejo a canabrava, espécie de árvore usada pelos ancestrais Ashaninka para a produção de flechas. Essas e outras ações constam do Plano de Gestão Territorial da aldeia, publicado pelos indígenas em Aruak e português. "Podemos ajudar a desenvolver um novo olhar sobre o mundo, começando pelo respeito e o conhecimento das diferentes formas de saber. É isso que queremos", diz Benki.
"É a primeira vez que vejo uma comunidade sistematizar e dispor conhecimentos dessa maneira para os não-índios", afirma João Fortes, diretor da ACMA e um dos gerentes do projeto.
Parte desses conhecimentos, explica, já chegou a 17 comunidades de agricultores, ribeirinhos e extrativistas que habitam o entorno da terra indígena. Entre elas está a Vila Restauração, comunidade de mil pessoas que trocou o gado por um sistema agroflorestal implantado com o apoio dos Ashaninka, que também transferem tecnologias simples e de baixo custo nas áreas de coleta de sementes, organização comunitária, manejo de fauna e produção de mel. "Vimos que o desmatamento ia acabar chegando de um jeito ou de outro, se não fizéssemos nada. Então, nos adiantamos para não ter de brigar", brinca Benki.
O modelo de gestão do centro, sob comando indígena, está longe de ser trivial. Em 1995, uma pesquisa do Instituto Socioambiental revelou a existência de 109 organizações em defesa dos direitos indígenas no país, número que saltou para 318 em 2001. A expansão prosseguiu até 2009, quando foram identificadas 486 entidades do tipo. O quadro, segundo a historiadora Poliene Soares, revela três novas frentes de atuação do movimento indígena brasileiro: a formação de lideranças próprias, a articulação entre os povos e a repactuação de parcerias com ONGs e o Estado.
"As lideranças indígenas estão dispensando porta-vozes e falando por si mesmas. É uma inflexão na política", diz. Essa novidade é particularmente relevante na área da cultura. É que até 2003 não havia nenhum tipo de articulação do Ministério da Cultura com os povos indígenas, responsáveis por uma das maiores diversidades étnicas e linguísticas do mundo. São 215 sociedades indígenas conhecidas, além de 180 línguas pertencentes a mais de 30 famílias linguísticas diferentes.
"A diversidade cultural é nosso maior patrimônio, e o índio não é só uma questão da Funai. É do Brasil e deve envolver também todos os outros ministérios, com respeito a sua autodeterminação", defende o ministro da Cultura, Juca Ferreira. De olho nisso, o MinC aposta também na implantação de 150 Pontos de Cultura Indígenas até o fim deste ano. Articulados pelo ministério, esses espaços são entidades já constituídas, que desenvolvem atividades socioculturais em suas comunidades.
Selecionados por edital, cada um recebe R$ 185 mil, em cinco parcelas semestrais. Parte do recurso é destinada à aquisição de equipamento multimídia, composto por microcomputador, miniestúdio para gravar CD, câmera digital e ilha de edição. Até o mês de abril, havia mais de 2,5 mil pontos de cultura em 1.122 cidades brasileiras. "Cada povo tem seu conhecimento, sua ciência. Sabemos valorizar o que é do outro e nunca vamos deixar de ser Ashaninka por isso. Nossa raiz é milenar", afirma Benki, em referência ao uso da internet na aldeia, alimentada, via satélite, por placas solares.
HISTÓRIA DE LUTA
O protagonismo Ashaninka tomou corpo a partir da década de 1980, quando a região passou a ser sistematicamente devastada. "As invasões motivaram a comunidade a lutar pela garantia do território e a buscar alternativas de baixo impacto ambiental para a economia da região", lembra Benki. Até então, diz, os Ashaninka e os posseiros brancos atuavam na base do sistema madeireiro, abrindo estradas e cortando árvores em toras, que eram roladas até os igarapés durante a estação seca.
"Havia muita coisa devastada que a gente precisava recuperar. Já naquela época, começamos a discutir o manejo de tracajá, a suspensão de caçadas com cachorro e o plantio de madeira nas fazendas deixadas por famílias que criavam gado e que saíram após a demarcação da nossa terra", explica.
Não que os problemas estejam resolvidos, diz Benki. Longe disso, a Comissão Pró-Índio do Acre tem alertado que traficantes peruanos e brasileiros, em grupos fortemente armados, têm usado diferentes trechos do Parque Nacional da Serra do Divisor, da Reserva Extrativista do Alto Juruá e das Terras Indígenas da região, como rota do tráfico, ameaçando famílias e aliciando jovens.
Os indígenas também reclamam da atividade madeireira realizada por empresas peruanas, sob regime de concessão. Basta ver o exemplo de empresas que fazem manejo florestal em territórios de seis comunidades nativas Ashaninka, Jaminawa e Amahuaca. A ampliação da extração de madeira, alerta o grupo, tem ocorrido também nas Reservas Territoriais Murunahua e Mashco-Piro e no Parque Nacional Alto Purus, territórios de habitação de índios isolados Murunahua e Chitonaua, resultando em restrições territoriais, contatos forçados e trabalho escravo. "Nossos irmãos peruanos estão enfrentando as mesmas condições que vivemos aqui nas décadas de 1970 e 80. Estamos muito preocupados", diz.
A preocupação se estende também à exploração de petróleo na selva peruana. Em maio deste ano, o governo daquele país anunciou a abertura de processos de licitação para a exploração do óleo em mais 10 milhões de hectares em campos na Amazônia, incluindo terras Ashaninka. Um mês depois, um barco já havia derramado 63 mil litros de óleo na Amazônia peruana.
Com a repercussão do fato, empresas de exploração de petróleo e gás foram proibidas de operar numa reserva de índios isolados da Amazônia peruana. A maior parte da área da reserva foi liberada para a exploração da Petrobras. Aproveitando a legislação peruana, a empresa brasileira tornou-se, em dezembro de 2005, concessionária de uma área de 1,4 milhão de hectares de floresta nativa, por um período de 40 anos.
O lote é sobreposto à Reserva Territorial Murunahua e a territórios de comunidades Ashaninka, Jaminawa e Amahuaca, já titulados ou reivindicados no Peru. A leste, a área estaria sobreposta à zona de amortecimento da Reserva Territorial Mashco-Piro, criada em 1997 para proteger grupos isolados Mashco-Piro. Um deles habita a tribo Murunahua. Quando foram contatados pela primeira vez, em meados da década de 1990, nada menos que 50% de sua população morreu.
Saiba mais:
A área de ocupação dos Ashaninka estende-se desde a região do Alto Juruá, em terras brasileiras, até as vertentes da cordilheira andina, no Peru. Abrange parte das bacias dos rios Urubamba, Ene, Tambo, Alto Perene, Pachitea, Pichis, Alto Ucayali, e as regiões de Montaña e do Gran Pajonal. A maior parte dos Ashaninka - cerca de 80 mil pessoas - vive no Peru. Aqui, cerca de 1.300 Ashaninkas vivem em Terras Indígenas distintas e descontínuas, todas situadas na região do Alto Juruá.
Aldeia Apiwtxa, braço da etnia Ashaninka, promove articulação inédita entre saberes ancestrais e científicos no Alto Juruá, zona de fronteira entre o Acre e o Peru
Com uma população de mais de 86 mil indivíduos, os Ashaninka formam um dos principais povos indígenas da Bacia Amazônica. Seu território estende-se dos Andes centrais peruanos à Bacia do Alto Juruá, no Acre, onde o arco de fronteira separa a etnia em dois países. Do lado brasileiro, vivem 1.300 pessoas. Quase metade habita a Terra Indígena (TI) Kampa do Rio Amônia, prestes a abrigar o primeiro Centro de Cultura da Floresta do Brasil.
A parceria, firmada com o Ministério da Cultura (MinC) e a Associação de Cultura e Meio Ambiente (ACMA), beneficiará mais de seis mil habitantes, de 16 povoados da etnia Ashaninka na região - parte no Brasil, parte no Peru - e outras nove mil que vivem na reserva extrativista da Bacia do Alto Juruá. Em vez da usual tutela governamental, que coloca técnicos e demais gestores no comando dos projetos dirigidos aos povos indígenas, dessa vez os próprios Ashaninka ficarão responsáveis pela administração do centro.
A meta é construir um espaço multiuso, com auditório, estúdio de gravação musical e sonorização, camarim e teatro de arena. Orçada em R$ 4,7 milhões, a infraestrutura será implantada ao longo de três anos. A escolha pela etnia não foi à toa. Referência internacional na integração entre saberes ancestrais e científicos, os Ashaninka vão instalar os equipamentos no Centro Yorenka Ãtame, inaugurado há três anos pela família Ashaninka Pyanko para promover a união de índios e brancos em favor da floresta em pé.
Na área de 86 hectares completamente devastados pelo gado, adquirida com o apoio de ONGs, na sede do município de Marechal Taumaturgo, os índios plantaram mais de 80 mil mudas, de 146 espécies de árvores, entre frutíferas e madeiras de leis. O suficiente para assegurar, por ano, mais de 50 toneladas de alimento.
"Vimos que precisávamos exportar esse recado para fora, para extrativistas e ribeirinhos também compreenderem que, no nosso entorno, é possível viver com a floresta em pé", lembra o xamã e líder Ashaninka Benki Pianko. Vencedor do Prêmio Nacional de Direitos Humanos, ele carrega a marca de dois mundos. Da união entre o pai, Ashaninka, e a, mãe seringueira, diz ter aprendido a cultivar a inovação com respeito às tradições de seu povo.
ESPÉCIES PERDIDAS
Além de trazer de volta à aldeia espécies perdidas de amendoim, milho e batata, ele e os irmãos também recuperaram pelo manejo a canabrava, espécie de árvore usada pelos ancestrais Ashaninka para a produção de flechas. Essas e outras ações constam do Plano de Gestão Territorial da aldeia, publicado pelos indígenas em Aruak e português. "Podemos ajudar a desenvolver um novo olhar sobre o mundo, começando pelo respeito e o conhecimento das diferentes formas de saber. É isso que queremos", diz Benki.
"É a primeira vez que vejo uma comunidade sistematizar e dispor conhecimentos dessa maneira para os não-índios", afirma João Fortes, diretor da ACMA e um dos gerentes do projeto.
Parte desses conhecimentos, explica, já chegou a 17 comunidades de agricultores, ribeirinhos e extrativistas que habitam o entorno da terra indígena. Entre elas está a Vila Restauração, comunidade de mil pessoas que trocou o gado por um sistema agroflorestal implantado com o apoio dos Ashaninka, que também transferem tecnologias simples e de baixo custo nas áreas de coleta de sementes, organização comunitária, manejo de fauna e produção de mel. "Vimos que o desmatamento ia acabar chegando de um jeito ou de outro, se não fizéssemos nada. Então, nos adiantamos para não ter de brigar", brinca Benki.
O modelo de gestão do centro, sob comando indígena, está longe de ser trivial. Em 1995, uma pesquisa do Instituto Socioambiental revelou a existência de 109 organizações em defesa dos direitos indígenas no país, número que saltou para 318 em 2001. A expansão prosseguiu até 2009, quando foram identificadas 486 entidades do tipo. O quadro, segundo a historiadora Poliene Soares, revela três novas frentes de atuação do movimento indígena brasileiro: a formação de lideranças próprias, a articulação entre os povos e a repactuação de parcerias com ONGs e o Estado.
"As lideranças indígenas estão dispensando porta-vozes e falando por si mesmas. É uma inflexão na política", diz. Essa novidade é particularmente relevante na área da cultura. É que até 2003 não havia nenhum tipo de articulação do Ministério da Cultura com os povos indígenas, responsáveis por uma das maiores diversidades étnicas e linguísticas do mundo. São 215 sociedades indígenas conhecidas, além de 180 línguas pertencentes a mais de 30 famílias linguísticas diferentes.
"A diversidade cultural é nosso maior patrimônio, e o índio não é só uma questão da Funai. É do Brasil e deve envolver também todos os outros ministérios, com respeito a sua autodeterminação", defende o ministro da Cultura, Juca Ferreira. De olho nisso, o MinC aposta também na implantação de 150 Pontos de Cultura Indígenas até o fim deste ano. Articulados pelo ministério, esses espaços são entidades já constituídas, que desenvolvem atividades socioculturais em suas comunidades.
Selecionados por edital, cada um recebe R$ 185 mil, em cinco parcelas semestrais. Parte do recurso é destinada à aquisição de equipamento multimídia, composto por microcomputador, miniestúdio para gravar CD, câmera digital e ilha de edição. Até o mês de abril, havia mais de 2,5 mil pontos de cultura em 1.122 cidades brasileiras. "Cada povo tem seu conhecimento, sua ciência. Sabemos valorizar o que é do outro e nunca vamos deixar de ser Ashaninka por isso. Nossa raiz é milenar", afirma Benki, em referência ao uso da internet na aldeia, alimentada, via satélite, por placas solares.
HISTÓRIA DE LUTA
O protagonismo Ashaninka tomou corpo a partir da década de 1980, quando a região passou a ser sistematicamente devastada. "As invasões motivaram a comunidade a lutar pela garantia do território e a buscar alternativas de baixo impacto ambiental para a economia da região", lembra Benki. Até então, diz, os Ashaninka e os posseiros brancos atuavam na base do sistema madeireiro, abrindo estradas e cortando árvores em toras, que eram roladas até os igarapés durante a estação seca.
"Havia muita coisa devastada que a gente precisava recuperar. Já naquela época, começamos a discutir o manejo de tracajá, a suspensão de caçadas com cachorro e o plantio de madeira nas fazendas deixadas por famílias que criavam gado e que saíram após a demarcação da nossa terra", explica.
Não que os problemas estejam resolvidos, diz Benki. Longe disso, a Comissão Pró-Índio do Acre tem alertado que traficantes peruanos e brasileiros, em grupos fortemente armados, têm usado diferentes trechos do Parque Nacional da Serra do Divisor, da Reserva Extrativista do Alto Juruá e das Terras Indígenas da região, como rota do tráfico, ameaçando famílias e aliciando jovens.
Os indígenas também reclamam da atividade madeireira realizada por empresas peruanas, sob regime de concessão. Basta ver o exemplo de empresas que fazem manejo florestal em territórios de seis comunidades nativas Ashaninka, Jaminawa e Amahuaca. A ampliação da extração de madeira, alerta o grupo, tem ocorrido também nas Reservas Territoriais Murunahua e Mashco-Piro e no Parque Nacional Alto Purus, territórios de habitação de índios isolados Murunahua e Chitonaua, resultando em restrições territoriais, contatos forçados e trabalho escravo. "Nossos irmãos peruanos estão enfrentando as mesmas condições que vivemos aqui nas décadas de 1970 e 80. Estamos muito preocupados", diz.
A preocupação se estende também à exploração de petróleo na selva peruana. Em maio deste ano, o governo daquele país anunciou a abertura de processos de licitação para a exploração do óleo em mais 10 milhões de hectares em campos na Amazônia, incluindo terras Ashaninka. Um mês depois, um barco já havia derramado 63 mil litros de óleo na Amazônia peruana.
Com a repercussão do fato, empresas de exploração de petróleo e gás foram proibidas de operar numa reserva de índios isolados da Amazônia peruana. A maior parte da área da reserva foi liberada para a exploração da Petrobras. Aproveitando a legislação peruana, a empresa brasileira tornou-se, em dezembro de 2005, concessionária de uma área de 1,4 milhão de hectares de floresta nativa, por um período de 40 anos.
O lote é sobreposto à Reserva Territorial Murunahua e a territórios de comunidades Ashaninka, Jaminawa e Amahuaca, já titulados ou reivindicados no Peru. A leste, a área estaria sobreposta à zona de amortecimento da Reserva Territorial Mashco-Piro, criada em 1997 para proteger grupos isolados Mashco-Piro. Um deles habita a tribo Murunahua. Quando foram contatados pela primeira vez, em meados da década de 1990, nada menos que 50% de sua população morreu.
Saiba mais:
A área de ocupação dos Ashaninka estende-se desde a região do Alto Juruá, em terras brasileiras, até as vertentes da cordilheira andina, no Peru. Abrange parte das bacias dos rios Urubamba, Ene, Tambo, Alto Perene, Pachitea, Pichis, Alto Ucayali, e as regiões de Montaña e do Gran Pajonal. A maior parte dos Ashaninka - cerca de 80 mil pessoas - vive no Peru. Aqui, cerca de 1.300 Ashaninkas vivem em Terras Indígenas distintas e descontínuas, todas situadas na região do Alto Juruá.
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