Nos
dias 3 e 4 de dezembro a Comunidade Ashaninka do Rio Amônia recebeu a visita de
profissionais responsáveis pela avaliação do Alto Juruá, projeto financiado
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, com recursos
do Fundo Amazônia.
Christine Verheijden, representando o grupo de doadores da Noruega que investem
no Fundo Amazônia, e o Gerente de Gestão do Fundo Amazonia, Guillherme Accioly,
passaram dois dias realizando reuniões e atividades de campo no Centro Yorenka
e na Aldeia Apiwtxa, a fim de conhecer de perto e em prática, bem como avaliar
a implementação, o funcionamento e os resultados já alcançados pelo Projeto
Alto Juruá.
Dentre
os temas centrais investigados pela equipe de investidores da Noruega em suas
avaliações, encontra-se a verificação dos resultados dos projetos financiados
pelo Fundo no que se refere ao empoderamento das comunidades beneficiadas.
Sobre o tema, a consultora norueguesa declarou ser difícil mensurar uma ênfase
desse fator no caso do projeto em tela, uma vez que os Ashaninka da Apiwtxa já
constituíam uma organização muito fortalecida e empoderada, antes mesmo da
chegada dos recursos do projeto.
Guilherme
Accioly, por sua vez, ressaltou que, dentre os 86 projetos financiados pelo
Fundo Amazônia atualmente, o Projeto Alto Juruá, é o que vem merecendo a melhor
avaliação do BNDES. O ranking das organizações
beneficiárias leva em consideração, dentre outros aspectos, o alinhamento dos
projetos com as políticas públicas aplicáveis e as diretrizes e critérios do
Fundo Amazônia, sua contribuição direta ou indireta para a redução do desmatamento
e da degradação florestal, a coerência das ações previstas nos projetos com o
objetivo proposto, o orçamento e o cronograma de sua implantação, além de
fatores como capacidade gerencial para a sua execução.
O
Projeto Alto Juruá, de autoria dos Ashaninka da Apiwtxa, é o primeiro e único do
Fundo Amazônia aprovado diretamente em favor de uma associação indígena no
Brasil, iniciado em abril de 2015 pelo BNDES. Com duração de três anos, atua no
assessoramento, capacitação e implantação de sistemas agroflorestais; apoio à
gestão territorial e ambiental às comunidades indígenas e tradicionais do Alto
Juruá; e desenvolvimento institucional das organizações comunitárias.
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